segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ela...







E é assim ,desse jeito mesmo que ela é.
Leve, com o peso de uma borboleta que sabe voar mas que espera o amadurecer das asas para alçar voo.
Quieta porque deseja ouvir .Porque um dia aprendeu que no silêncio é onde conseguia aprender mais.
Aprendeu que não precisava gritar para que ouvissem o seu amor.
O seu amor era sentido com os olhos e tocado pelas mãos a quem destinou o seu sentimento...E isso é o que importava para ela.
Aprendeu que ninguém rouba o coração de ninguém, porque quando seu amor resolveu partir ele foi...Mesmo sentindo todo o tamanho do seu amor.
E ele foi porque sentiu amor do outro lado.
Sim! O amor não estava somente em suas mãos,ele percorria outros corações que amavam,que sentiam e que desejavam amar.Intensamente...
E não é porque fosse leve que não sentia em intensidade.Acontece que ela não aprendeu a ser dura e arisca.Porque sabia que quem cultiva espinhos acaba por afastar quem mais deseja ao seu lado.Por isso era suave e intensa,assim,ao mesmo tempo...
E por isso talvez seu amor resolveu voltar,talvez...
E seu amor voltou.Voltou porque jamais deixou de sentir o que ela também sentia.E mesmo com seus tantos defeitos, ele voltou....
Ela trazia o peso das suas muitas debilidades.Era humana também,mas aprendeu a conviver com isso.
Mas verdade seja dita,ela se entregou ao amor.De forma explícita,da forma e do jeito dela.
Teve medo sim.Chorou,sofreu e por mais que a razão dissesse :desista,ela não desistiu. Seu coração surdo não conseguia entender...
Foi então que permaneceu.Permaneceu nela,nele,esperando calada que o nós se fizesse para sempre.
Mesmo quando tudo parecia o fim,onde não havia mais vírgulas,nem espaço para pausas ,ela permaneceu.
E nunca,nunca mesmo desejou retribuir a dor da ausência,a dor que o destino de tempo em tempo pregava.Manteve seu coração limpo aquele tempo todo mesmo quando a tristeza roubava um pouco do seu ar...
E ao contrário daqueles que julgam conhecer, ela também sabia voar...E em todas as direções voou e (re)criou aquilo que trazia lá dentro,que plantava e que colhia.
E não tinha culpa se as sementes que jogava eram essas.E somente essas...
Porque de amor que ela vivia e sobrevivia...

                                                                                  Vanessa Cony
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Onde realidade e fantasia se misturam fazendo história de uma única vida com muitas vidas em sua volta...

12 comentários:

  1. 'Quieta porque precisava ouvir'

    Sim, fiz do meu silêncio a minha morada preferida, nele encontrei a paz que outrora havia perdido.

    Bom te ler Van, me faz mega bem.

    Um beijo doce em vcs!

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    1. Querida Linda Rosa...Tão bom dividir com você.
      Nessa matemática aprendi que acabamos por somar quando partilhamos aquilo que trazemos no peito.
      Obrigada demais pelo seu carinho.

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  2. Olá.

    Belíssimo texto, Vanessa.
    Belas linhas que falam de Amor e aprendizado.
    Meus parabéns pelo teu texto e uma boa noite.

    ;D

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    1. Obrigado Denis...Você é sempre muito gentil comigo.
      Gosto quando você vem aqui.

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  3. Vanessa...

    É tão ténue a linha que separa a fantasia da realidade!...
    Excelente o teu texto.

    Beijos,
    AL

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    1. Sabe Al,costumo dizer sempre do muito de mim.Não consigo separar as coisas com facilidade.Mas abusamos da fantasia quando a coragem se esconde e só então as palavras resolvem aparecer.Assim sempre fica mais fácil...
      Beijo no seu coração.

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    1. Florzinha...Linda é você! Me diz.Como pode caber tanto amor aí dentro heim?

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  5. Lindo texto Vanessa!
    E a vida é assim,essa eterna dualidade entre razão e coração,essa briga pra ver quem escuta quem,mas no fim a única voz que prevalece é a do amor.
    Um lindo final de semana,abraço!=)

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    1. Suu,anda sumida de mim né?
      Gosto demais quando vem aqui.
      Beijo lindinha.

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  6. também vivo e sobrevivo de amor

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    1. Pois é borboletinha...
      Assim a gente leva a vida.Amando,sempre!

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Queridos...Bom demais ter vocês aqui.Iluminam ,enriquecem e aquecem meu coração.