segunda-feira, 21 de maio de 2012

Amor é o que tenho...Por você.







Quando o amor resolve bater em nossa porta,ele escancara, entra de forma avassaladora e muda aquela certeza infinita dos nossos dias.E nesse caso se torna quase impossível amar o que que não é mais amor.Aquele amor que deixou de ser,que deixou de fazer parte...
Porque amor é estrada dupla onde a gente só sorri se andamos de mãos dadas.
Amar sozinho dói.E dói uma dor inteira, porque coração sente falta de toda a outra metade.
É dor de não ter o beijo da boa noite.E não dizer a certeza do eu-te-amo-para-todo-o-sempre.
É dor não ter o aconchego do seu braço colorido e forte para descansar o meu cansaço.
E não sentir o cheiro do teu pescoço,o brilho dos seus dedos acarinhando seu corpo num auto-abraço quando te vejo de costas dormindo encolhido ao meu lado.
Impossível amar e não ter o teu  beijo pela manhã com aquele gosto da noite,a espera pelo café forte do início do nosso dia.
E não sentir o prazer do banho a dois, onde a água fica mais quente quando toca a quentura dos nossos corpos.
Dói não ter a brincadeira no chuveiro e sua mania do banho perfeito.
Porque é bom ver você vestir seu corpo com cuidado,corpo que amo ,da cabeça aos pés...
Porque amor é rotina.
Aquela rotina que preenche os dias e as noites com  velhos hábitos,com todos aqueles hábitos que já sei de cor.
Porque é bom admirar o seu canto no sofá,suas pernas estendidas e seu jeito de ver a lua subir.
É bom te levar para a cama segurando suas mãos e te olhar com ternura só para enxergar esse menino que você carrega escondido dentro desse corpo adulto.
É mesmo impossível a amar e não ter tudo isso.
Porque amor é rotina.
Amor é construído,é recíproca.
Amor se alimenta de amor,senão,amor míngua...
E não é justo ver o coração secar pela falta,pela ausência.Não é justo o coração viver o não-ter,o não- poder tudo isso.
Não é justo o não-amor...
Porque impossível é amar e não ser amado.
Possível é somente o amor.
E amor é o que tenho por você.É tudo isso que ganhei quando ele entrou de forma escancarada aqui,dentro do meu peito.
                                                                                      Vanessa Cony


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Por vezes as palavras faltam mesmo,engasgadas pelo excesso daqueles que amam intensamente e não entendem que amor não tem mesmo tamanho.Porque quando é amor descobrem o infinito contido nele.
                                                                                                             (Vanessa Cony)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ela...







E é assim ,desse jeito mesmo que ela é.
Leve, com o peso de uma borboleta que sabe voar mas que espera o amadurecer das asas para alçar voo.
Quieta porque deseja ouvir .Porque um dia aprendeu que no silêncio é onde conseguia aprender mais.
Aprendeu que não precisava gritar para que ouvissem o seu amor.
O seu amor era sentido com os olhos e tocado pelas mãos a quem destinou o seu sentimento...E isso é o que importava para ela.
Aprendeu que ninguém rouba o coração de ninguém, porque quando seu amor resolveu partir ele foi...Mesmo sentindo todo o tamanho do seu amor.
E ele foi porque sentiu amor do outro lado.
Sim! O amor não estava somente em suas mãos,ele percorria outros corações que amavam,que sentiam e que desejavam amar.Intensamente...
E não é porque fosse leve que não sentia em intensidade.Acontece que ela não aprendeu a ser dura e arisca.Porque sabia que quem cultiva espinhos acaba por afastar quem mais deseja ao seu lado.Por isso era suave e intensa,assim,ao mesmo tempo...
E por isso talvez seu amor resolveu voltar,talvez...
E seu amor voltou.Voltou porque jamais deixou de sentir o que ela também sentia.E mesmo com seus tantos defeitos, ele voltou....
Ela trazia o peso das suas muitas debilidades.Era humana também,mas aprendeu a conviver com isso.
Mas verdade seja dita,ela se entregou ao amor.De forma explícita,da forma e do jeito dela.
Teve medo sim.Chorou,sofreu e por mais que a razão dissesse :desista,ela não desistiu. Seu coração surdo não conseguia entender...
Foi então que permaneceu.Permaneceu nela,nele,esperando calada que o nós se fizesse para sempre.
Mesmo quando tudo parecia o fim,onde não havia mais vírgulas,nem espaço para pausas ,ela permaneceu.
E nunca,nunca mesmo desejou retribuir a dor da ausência,a dor que o destino de tempo em tempo pregava.Manteve seu coração limpo aquele tempo todo mesmo quando a tristeza roubava um pouco do seu ar...
E ao contrário daqueles que julgam conhecer, ela também sabia voar...E em todas as direções voou e (re)criou aquilo que trazia lá dentro,que plantava e que colhia.
E não tinha culpa se as sementes que jogava eram essas.E somente essas...
Porque de amor que ela vivia e sobrevivia...

                                                                                  Vanessa Cony
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Onde realidade e fantasia se misturam fazendo história de uma única vida com muitas vidas em sua volta...